Exames laboratoriais de rotina: principais tipos e como se preparar.
- Ares Diagnósticos

- 29 de ago. de 2024
- 5 min de leitura

Quem costuma fazer os check-ups de rotina sabe a importância dos exames laboratoriais. Graças a eles, os especialistas podem notar se o organismo apresenta alguma alteração, mesmo que assintomática, e iniciar o tratamento o mais breve possível. Além disso, eles são indispensáveis para estimar o risco anestésico-cirúrgico em avaliações pré-operatórias.
Neste artigo, veja os principais exames laboratoriais de rotina mais pedidos, descubra para que servem e quando são indicados. Confira, também, algumas dicas sobre preparos e coletas. Boa leitura!
Quais são os principais exames laboratoriais de rotina?
A medicina diagnóstica, da qual fazem parte os exames laboratoriais, participa de 70% das decisões clínicas relacionadas ao diagnóstico e tratamento de problemas de saúde. A seguir, conheça os principais tipos de exames realizados a partir de amostras de sangue, urina e fezes.
Exames de sangue
O hemograma serve para analisar as principais células do sangue, incluindo glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. É útil para detectar anemias, infecções e outras condições hematológicas.
O colesterol mede os diferentes tipos de gorduras no sangue. Ele é composto pelas somas das frações de:
HDL, o chamado colesterol bom, que previne a aterosclerose;
LDL, o chamado colesterol ruim, ligado à obstrução dos vasos sanguíneos;
VLDL, outro tipo de colesterol ruim, também ligado a doenças cardíacas;
triglicerídeos, um marcador relacionado ao VLDL.
Outras análises muito solicitadas são da ureia e da creatinina. Seus valores (chamados de taxa de filtração glomerular ou clearance de creatinina) servem para estimar a quantidade de sangue filtrada pelos rins por minuto. Assim, são importantes para ajudar a determinar se o paciente tem insuficiência renal.
A glicemia de jejum ou dosagem de glicose (taxa de açúcar no sangue), por sua vez, é usada no diagnóstico ou controle do diabetes. Para isso, o médico considera que:
valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados como estado de pré-diabetes;
valores acima de 126 mg/dl são considerados como diagnóstico de diabetes.
As transaminases, ou TGO (AST) e TGP (ALP), são frequentemente solicitados para avaliar a saúde do fígado e diagnosticar possíveis doenças hepáticas. Eles também podem ser usados para monitorar a resposta ao tratamento de condições hepáticas.
Os eletrólitos (dosagens de sódio, potássio, cálcio e fósforo séricos) devem estar normais. Porém, episódios frequentes de vômitos e diarreia, o uso de certos medicamentos e a ocorrência de intoxicações podem alterá-los. Por exemplo:
hipernatremia, indica níveis elevados de sódio no sangue e, hiponatremia, níveis reduzidos;
hipercalemia, níveis altos de potássio e, hipocalemia, baixos;
hipercalcemia, níveis altos de cálcio e, hipocalcemia, baixos;
hiperfosfatemia, níveis altos de fósforo e, hipofosfatemia, baixos.
O TSH e o T4 livre são exames que avaliam a função da tireoide, importantes para o diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo.
O ácido úrico mostra como o organismo metaboliza algumas proteínas. Níveis elevados indicam maior risco de doenças cardiovasculares, cálculo renal, entre outras.
O PCR (proteína C reativa) é uma proteína produzida pelo fígado em resposta a inflamações ou infecções no corpo. Ela é um marcador importante para detectar e monitorar processos inflamatórios e infecciosos, além de avaliar o risco de doenças cardiovasculares.
O PSA (Antígeno Prostático Específico) é outro tipo de proteína. Produzida pelas células da próstata. O exame de PSA é um teste de sangue utilizado principalmente para detectar e monitorar doenças da próstata, como câncer de próstata, prostatite (inflamação da próstata) e hiperplasia benigna da próstata (aumento não canceroso da próstata).
A albumina é uma proteína que serve como marcador de nutrição. É utilizado para avaliar o estado nutricional e a função hepática e renal.
O VHS é um exame de sangue utilizado para detectar inflamações ou infecções no organismo. Ele mede a velocidade com que os glóbulos vermelhos se sedimentam no fundo de um tubo de ensaio em uma hora.
Exames de urina
Analisa a composição da urina para detectar infecções urinárias, problemas renais e outras condições
O exame de urina mais básico é a urina tipo I. Avaliando características como cor, densidade e pH, bem como a dosagem de proteínas, glicose, hemácias, leucócitos e bactérias, é possível detectar infecções urinárias e patologias renais.
A urocultura também serve para diagnosticar infecções urinárias. Mas a análise vai além, identificando o tipo de bactéria causadora da infecção.
Exame de fezes
O exame de fezes serve para detectar doenças no aparelho digestivo ou na região retal. Para isso, verifica-se se há indícios de sangue, gordura, bactérias, protozoários ou parasitas (vermes) na amostra fecal. Além disso, por meio da análise dos níveis de acidez nas fezes, pode-se diagnosticar intolerâncias e alergias alimentares.
Como são as orientações preparatórias?
As orientações preparatórias diferem conforme o tipo de exame. Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboral (SBPC/ML), a coleta de sangue, para realização da maioria dos exames laboratoriais, exige jejum, pois os valores de referência foram estabelecidos com base em indivíduos nessa condição. Sendo assim: para fazer boa parte dos testes, é preciso ficar 8 horas sem comer e só tomando água.
Como armazenar a amostra de urina e fezes?
Armazenar corretamente as amostras de urina e fezes é essencial para garantir a precisão dos resultados dos exames. Aqui estão algumas orientações para cada tipo de amostra:
Amostra de Urina
Coleta:
Utilize um frasco estéril fornecido pelo laboratório.
Prefira coletar a primeira urina da manhã ou após um intervalo de pelo menos 4 horas sem urinar.
Lave bem as mãos e faça a higiene íntima antes da coleta.
Descarte o primeiro jato de urina no vaso sanitário e colete o jato médio no frasco, evitando tocar na parte interna do frasco ou da tampa.
Armazenamento:
Feche bem o frasco e leve a amostra ao laboratório dentro de 2 horas.
Se não for possível entregar imediatamente, mantenha a amostra refrigerada a 4°C por até 24 horas.
Amostra de Fezes
Coleta:
Utilize um frasco estéril fornecido pelo laboratório.
Evite contaminação com urina ou água do vaso sanitário. Pode-se usar filme plástico para cobrir a privada e facilitar a coleta.
Use uma espátula para transferir uma pequena quantidade de fezes para o frasco.
Armazenamento:
Feche bem o frasco e leve a amostra ao laboratório o mais rápido possível.
Se não for possível entregar imediatamente, mantenha a amostra refrigerada a 4°C por até 24 horas.
Não congele a amostra, pois isso pode inviabilizar a análise.
Seguindo essas orientações, você garante que as amostras estejam em condições ideais para análise.
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato e fale com nossos especialistas. E se desejar ser um parceiro, conte com o Ares Diagnósticos para realizar seus exames laboratoriais.
Estamos preparados e motivados para ajudá-lo da melhor forma possível!
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